O LIVRO DOS MÉDIUNS - SEGUNDA PARTE - CAPÍTULO XVII | ![]() |
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se comunicam, e o que há de mais notável é que a mesma caligrafia se reproduz constantemente com o mesmo Espírito, e algumas vezes é idêntica com a que tinha em vida; veremos, mais tarde, as conseqüências que disso se podem tirar quanto à identidade. A mudança de caligrafia não ocorre senão com os médiuns mecânicos e semi-mecânicos, porque neles o movimento da mão é involuntário e dirigido pelo Espírito; não ocorre o mesmo com os médiuns puramente intuitivos, tendo em vista que, nesse caso, o Espírito atua unicamente sobre o pensamento, e a mão é dirigida pela vontade, como nas circunstâncias comuns; mas a uniformidade da caligrafia, mesmo nos médiuns mecânicos, não prova absolutamente nada contra a faculdade, não sendo a mudança uma condição absoluta na manifestação dos Espíritos; ela se prende a uma aptidão especial da qual os médiuns, os mais mecânicos, não estão sempre dotados. Nós designamos os que têm essa aptidão, sob o nome de médiuns polígrafos.
PERDA E SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE
220. A faculdade medianímica está sujeita a intermitências e a suspensões momentâneas, seja para as manifestações físicas, seja para a escrita. Eis a resposta dos Espíritos a algumas perguntas, feitas a esse respeito.
1. Os médiuns podem perder sua faculdade?
Isso ocorre freqüentemente, qualquer que seja o gênero dessa faculdade; mas, freqüentemente também, isso não é senão uma interrupção momentânea, que cessa com a causa que a produziu.
2. A causa da perda da mediunidade está no esgotamento do fluido?
De qualquer faculdade que o médium esteja dotado, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos; quando não obtém mais nada, não é sempre a faculdade que lhe falta; freqüentemente, são os Espíritos que não querem mais ou não podem mais se servirem dele.