O LIVRO DOS MÉDIUNS - SEGUNDA PARTE - CAPÍTULO XXVI | ![]() |
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mente, não o devem; freqüentemente, também, não o podem porque eles mesmos não o sabem. O Espírito pode prever que uma coisa ocorrerá, mas o momento preciso pode depender de acontecimentos que ainda não se cumpriram, e que só Deus conhece. Os Espíritos levianos que não têm nenhum escrúpulo em vos enganar, indicam os dias e as horas sem se inquietarem com o resultado. Por isso, toda previsão circunstanciada, deve vos ser suspeita.
Ainda uma vez, nossa missão é a de vos fazer progredir; nós vos ajudamos o quanto podemos. Aquele que pede aos Espíritos superiores a sabedoria, não será jamais enganado; mas não creiais que perderemos nosso tempo escutando todas as vossas bagatelas e vos dizendo a sorte; deixamos isso aos Espíritos levianos que se divertem, como crianças travessas.
A Providência pôs limites às revelações que podem ser feitas aos homens. Os Espíritos sérios guardam silêncio sobre tudo o que lhes está interditado fazer conhecer. Insistindo-se por uma resposta, expõe-se às falsidades dos Espíritos inferiores, sempre prontos a aproveitarem a ocasião de estenderem armadilhas à vossa credulidade.
Nota. Os Espíritos vêem, ou pressentem por indução os acontecimentos futuros; vêem se cumprirem em um tempo que não medem como nós; para precisar-lhes a época, lhes seria preciso se identificar com a nossa maneira de calcular a duração, o que não julgam sempre necessário; daí, com freqüência, uma causa de erros aparentes.
12. Não há homens dotados de uma faculdade especial que lhes faz entreverem o futuro?
Sim, aqueles cuja alma se desprende da matéria; então, é o Espírito quem vê; e quando isso é útil, Deus lhes permite revelar certas coisas para o bem; mas há, ainda, mais impostores e charlatães. Essa faculdade será mais comum no futuro.
13. Que pensar dos Espíritos que se comprazem em predizerem a alguns sua morte em dia ou hora fixada?